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Imunização: a importância de cuidar da saúde coletiva  

16 de junho de 2025

A vacinação é fundamental para evitar a proliferação de doenças graves que podem levar à morte  

No dia 9 de junho, celebra-se o Dia da Imunização, uma data que reforça a importância da vacinação como uma das estratégias mais eficazes de prevenção de doenças e de redução da disseminação de agentes infecciosos na comunidade.  

O Brasil conta com o Programa Nacional de Imunizações (PNI) desde 1973, iniciativa reconhecida mundialmente e que oferece vacinas seguras e eficazes para todos os públicos de forma gratuita. São disponibilizados 47 imunobiológicos: 30 vacinas, 13 soros e quatro imunoglobulinas.  

Entretanto, movimentos contrários à vacinação e a falsa sensação de que as doenças foram erradicadas estão colocando em risco a cobertura vacinal e, consequentemente, isso pode levar ao retorno de certas doenças. “Pessoas não vacinadas podem contrair e transmitir doenças infecciosas, gerando surtos e óbitos. A disseminação de desinformação prejudica a confiança nas vacinas, que são comprovadamente seguras e eficazes”, afirma o coordenador médico da área de Infectologia do Hospital Orizonti, Dr. Flávio Lima.  

As consequências da não vacinação em números  

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), desde 2015 a imunização infantil tem diminuído no Brasil. Em 2019, a vacina tríplice viral, que protege crianças do sarampo, da caxumba e da rubéola, teve uma cobertura de 93,1%. Dois anos depois, em 2021, o índice caiu para 71,5%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma cobertura mínima de 95% para garantir a proteção coletiva.  

Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de eliminação do sarampo. No entanto, a doença voltou a circular no país em 2018, com mais de 10 mil casos confirmados. A reintrodução do vírus, especialmente em áreas com baixa cobertura vacinal e grande fluxo migratório, como a região Norte, levou à perda da certificação. Doenças como poliomielite, rubéola e difteria também correm o risco de retornar se a imunização da população não for retomada em níveis adequados.  

Os dados só mostram que não se vacinar é colocar em risco a sua saúde e a de toda uma comunidade. A imunização é o único método de manter doenças graves bem longe.  

O calendário de vacinação no Brasil  

Por meio do PNI, é formulado o Calendário Nacional de Vacinação. Atualmente, 19 vacinas estão previstas para proteger a população em todas as fases da vida. A imunização ocorre de acordo com a faixa etária, contra hepatite, gripe, meningite, tétano, coqueluche, HPV, COVID-19, entre outras.  

“Ao seguir esse cronograma, o país garante uma cobertura vacinal ampla, prevenindo surtos de doenças contagiosas e protegendo especialmente os grupos mais vulneráveis, como bebês, idosos e pessoas com imunidade comprometida. A adesão ao calendário vacinal é essencial para alcançar a imunidade de rebanho”, afirma Dr. Flávio.  

O calendário completo pode ser visto no site do Ministério da Saúde, pelos links abaixo.  

Vacina salva vidas!  

Destaque:  

Ao não se vacinar, você se coloca em risco, assim como a outras pessoas! A imunização protege toda a comunidade, especialmente aqueles que não podem receber determinadas vacinas por motivos de saúde.   

Esse é o princípio da imunidade de rebanho, fundamental para erradicar doenças graves. “A imunidade coletiva, ou imunidade de rebanho, ocorre quando uma alta porcentagem da população está vacinada. Nesse cenário, os agentes infecciosos não conseguem se espalhar, protegendo inclusive aqueles que não podem ser vacinados por razões médicas. Essa barreira coletiva é essencial para interromper a cadeia de transmissão e evitar que doenças graves se tornem epidemias novamente. A imunidade de rebanho depende diretamente da adesão ao calendário vacinal”, explica o coordenador médico.  

O Brasil está novamente próximo de reconquistar o título de país livre do sarampo por estar sem registros da doença desde 2022. Mas, isso só será possível com esforços contínuos de vacinação em todas as regiões.  

Para que você contribua para a saúde coletiva, procure um posto médico próximo de sua casa e atualize sua carteira de vacinação. Compartilhe esse post com sua rede e reforce a importância da imunização com seus contatos.  

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