Julho chegou e, com ele, vieram também as férias escolares e as viagens em família. É hora deixar a rotina de lado para ter momentos de diversão, fortalecer os relacionamentos e criar memórias especiais. Mas, para que o passeio ocorra com tranquilidade, pensar no bem-estar e saúde das crianças nos dias em que ficarão fora de casa é essencial, evitando-se contratempos. A pediatra do Espaço Sempre Saúde de Belo Horizonte, Dra. Tatiana Lana, tem dicas para ajudar nessa preparação.
Um ponto importante são os medicamentos. Caso a criança faça uso regular de algum remédio, é o primeiro item a ser colocado na mala. “Também é indicado ter alguns medicamentos que essa criança já tenha usado anteriormente para tratar sintomas como dor, febre, enjoo e alergias”, afirma a pediatra. Independentemente da idade e do local da viagem, protetor solar e repelente são itens obrigatórios. “O protetor deve ser usado até mesmo em passeios pela cidade. E se já é sabido anteriormente que a localidade visitada possui muitos insetos, antes do protetor solar, deve-se passar repelente. Lembrando que, bebês de até um ano, não devem ser expostos ao sol muito forte e também não é indicado o uso do repelente à noite. Nesses casos, pode-se utilizar o mosquiteiro nos berços e carrinhos”, orienta.
A alimentação das crianças também requer atenção. Ao viajar para locais onde a culinária tem ingredientes típicos e diferentes daqueles usados no dia a dia em casa, todo cuidado é pouco para evitar alergias alimentares. Por isso, quando possível, prepare a comida dos pequenos, principalmente dos menores de dois anos. Se não houver essa possibilidade, dê alimentos que sejam mais familiares. Alguns hotéis e restaurantes possuem buffet infantil e, se a hospedagem for em casa, há opção de já levar os alimentos preparados e congelados. “Em casos especiais também pode-se usar papinhas salgadas e doces encontrados nos mercados. Elas não devem ser a alimentação de rotina desse bebê, mas são ótimas aliadas em viagens longas ou em períodos de grande espera em aeroportos, por exemplo”, avalia a Dra. Tatiana.
E se uma viagem longa pode ser cansativa para adultos, imagine para os pequenos. Dessa forma, é importante saber o limite da criança. “Ela tende a ficar muito irritada e, às vezes, pode até se queixar de que está incomodada ou querer fazer xixi toda hora. Então, programa-se e faça algumas paradas para se alimentarem, usar o banheiro e se distrair um pouco. Se a criança costuma ter enjoo, não se esqueça de usar a medicação que está habituada, antes de iniciarem o trajeto.”
Dicas para uma viagem mais tranquila
Mantenha as crianças sempre hidratadas: ofereça água, suco, picolés de frutas;
Durante os deslocamentos, façam brincadeiras: cantem músicas, contem histórias e levem brinquedos eletrônicos;
Em viagens de avião, coloque o bebê no peito ou dê a mamadeira na decolagem e na aterrisagem. Se as crianças forem maiores, dê bala de goma ou chiclete. Isso alivia a pressão no ouvido causada pela altitude.
O pronto-socorro é um lugar para o atendimento de casos de urgência e emergência, que resultam em risco imediato de vida ou lesões irreparáveis. Portanto, só vá até lá caso haja esses sintomas: dores intensas em qualquer parte do corpo; febre alta; picadas de animais peçonhentos; reações alérgicas; dificuldade em respirar; palpitações; traumas e lesões.
Rede credenciada
Em suas viagens, inclua na bagagem o Manual do Convênio de Reciprocidade do Fisco Nacional (disponível para impressão no site da FUNDAFFEMG). Lá você encontra informações dos locais de atendimento no Brasil. Leve também sua carteirinha, pois é ela é o documento que você apresentará à rede credenciada. Se houver demanda por internação, comunique a sua entidade de origem e a local no primeiro dia útil após o atendimento para obter a autorização.
E atenção: caso no local para onde pretende viajar não exista convênio de reciprocidade, faça contato com a FUNDAFFEMG previamente, informando o período em que estará fora. Assim, será providenciada a sua inscrição na entidade correspondente.