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Deixar o cigarro: aposte nessa decisão

14 de agosto de 2020

Quando tiver um tempinho, pesquise sobre fatores de risco de pelo menos cinco doenças aleatórias. Pode ter certeza de que a chance de encontrar um elemento em comum nessas enfermidades é grande. E sabe qual é ele? O tabagismo.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a dependência da nicotina é um fator de risco de pelo menos 50 doenças, entre elas as respiratórias, cardiovasculares e o câncer. Por isso que falar sobre o tema é tão importante, ainda mais em agosto, quando se comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08).
Segundo o pneumologista da FUNDAFFEMG, Dr. Márcio Guimarães, poucas semanas fumando já podem ser suficientes para causar a dependência da nicotina. Por isso, é essencial conscientizar quem ainda não desenvolveu essa doença crônica e iniciar o tratamento assim que possível em quem já é dependente. “Não existe tratamento eficaz se o fumante não quiser parar. Esta decisão tem que partir dele. Uma vez que tenha sido tomada, existem orientações médicas e medicamentos que, em conjunto com essa motivação, aumentam muito as chances de sucesso”, comenta.
Efeito quase imediato
A decisão de acabar com a dependência é importante, assim como o acompanhamento médico adequado. Na maioria dos casos, o fumante que deseja tratar o problema deve passar por consultas individuais ou sessões em grupo para reforçar os pontos positivos do abandono do cigarro. O especialista do paciente também pode indicar alguns medicamentos, de acordo com o histórico da pessoa. Esse tratamento é eficaz, mas pode ser um desafio. Um fato estressante, por exemplo, pode levar a uma recaída. “Também pode haver a ingenuidade do ex-fumante, que acha que pode fumar apenas um cigarro. Quando a recaída acontece, é importante retornar ao médico ou recorrer a um especialista em cessação de tabagismo, seguir suas recomendações e usar um medicamento para evitar os sintomas de abstinência”, explica o Dr. Márcio.
Quando deixa o vício para trás, o efeito é quase imediato. De um lado, destacam-se os fatores mais comportamentais: o ex-fumante vai poder fazer uma viagem longa sem se preocupar, não ficará com o cheiro do cigarro impregnado e não precisará sentar sempre próximo a portas e janelas.
Por outro, o organismo agradece. “Parar de fumar gera mudanças a partir do mesmo dia. Com o passar do tempo, estes benefícios vão ficando mais perceptíveis, como melhora do olfato e paladar. No longo prazo há uma significativa redução do risco de adquirir uma doença ligada ao cigarro”, completa o pneumologista da FUNDAFFEMG.
Tabagismo é fator de risco da Covid-19
Se o hábito de fumar compromete o bom funcionamento dos pulmões, a relação entre a dependência e o novo coronavírus é clara – e consenso entre especialistas, que explicam que o fumante tem mais chances de desenvolver sintomas mais graves da doença.
Apesar de ainda não existir evidências fortes sobre a relação da Covid-19 e o tabagismo, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia aponta alguns estudos concluídos na China que fortalecem a associação. Segundo as análises, a necessidade de internação em UTIs é maior entre fumantes, que também morrem mais se compararmos com os dados de mortalidade dos não-fumantes.
Auxílio para parar de fumar
O programa Bons Ares, da FUNDAFFEMG, tem como meta ajudar pessoas que querem parar de fumar por meio de acompanhamento médico periódico e incentivo à adoção de novos hábitos. Está interessado? Clique aqui e saiba mais ou ligue para (31) 2103-5858.

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