A asma é uma doença pulmonar de alta incidência. Dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) estimam que existam, no Brasil, aproximadamente 20 milhões de asmáticos.
Caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas ou brônquios, a asma dificulta a respiração. De acordo com a Dra. Angela Pedrosa de Pádua Monteiro, pneumologista da rede credenciada FUNDAFFEMG, os principais sintomas são tosse, sibilos (chiado no peito) e falta de ar. “Eles podem variar durante o dia e, normalmente, apresentam uma piora à noite ou de madrugada ou quando o paciente realiza atividades físicas”, esclarece.
Asma X Covid-19
Pessoas com essa comorbidade fazem parte do grupo de risco da Covid-19 e devem redobrar os cuidados para evitar a infecção. Segundo a pneumologista, as doenças podem ser facilmente confundidas devido à semelhança entre os sintomas iniciais. “É muito pertinente a avaliação médica específica, para ajudar a distinguir a exacerbação da asma com o quadro viral da Covid-19 e seu devido tratamento.”
No outono/inverno, é preciso ter ainda mais atenção: a asma pode piorar com mudanças climáticas que desencadeiam crises alérgicas. Nesse caso, é importante evitar a exposição aos gatilhos e seguir as orientações médicas para se manter saudável.
Asma controlada
Embora não exista cura, há tratamentos para controlar a doença e reduzir os sintomas. “O asmático pode ter uma vida normal, ou seja, realizar todas as atividades que deseja, inclusive esportes. Sabemos de atletas olímpicos asmáticos”, conta a pneumologista. Por ser uma doença de quadro variável, o tratamento deve ser contínuo. Portanto, se você foi diagnosticado, fique atento aos fatores de risco e siga as recomendações médicas à risca. Um asmático tratado adequadamente tem a mesma qualidade de vida de qualquer pessoa saudável.
PRINCIPAIS GATILHOS DA ASMA*
ÁCAROS: presentes em locais com acúmulo de poeira, como colchões, travesseiros, carpetes, bichos de pelúcia, arquivos e outros. O contato com os ácaros aumenta a inflamação dos brônquios, resultando na piora do quadro.
FUNGOS: aparecem com mais frequência em casas escuras, úmidas e mal ventiladas. São encontrados no sistema de ar condicionado, paredes de banheiros, fendas e superfícies, podendo também se misturar com a poeira.
PÓLENS: comuns na primavera, após chuva prolongada seguida de clima seco, são micrósporos de flores, gramas e árvores que são carregados pelo vento para dentro das casas, provocando reações alérgicas nos asmáticos.
ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO: pelos, descamação da pele do animal, saliva, urina e outros tipos de excreções podem piorar os sintomas da asma, de acordo com o grau e a frequência da exposição. Gatos e cavalos são considerados capazes de provocar mais alergia.
INFECÇÕES VIRAIS: assim como à Covid-19, os asmáticos são mais sensíveis a outras infecções virais como gripe e resfriado. Por isso, são priorizados em campanhas de vacinação.
AR FRIO: a exposição ao ar muito frio e seco – como o do inverno – irrita os brônquios do asmático e piora os sintomas
*Fonte: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
