Consultar o médico rotineiramente é uma medida fundamental para manter a saúde em dia, identificar enfermidades no início e evitar agravos. Para pacientes com doenças crônicas, esse acompanhamento é ainda mais importante e deve ser contínuo para que haja efetividade do tratamento e qualidade de vida.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, só no Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por 74% dos óbitos, número que tende a crescer, já que pacientes com tais enfermidades se encaixam no grupo de risco da Covid-19. Portanto, o cuidado é essencial.
Novo formato de assistência
Em função da pandemia, novos formatos têm sido adotados para oferecer outras opções de atendimento médico, além do convencional. É a chegada da telemedicina. Por essa via, as consultas são feitas por videoconferência, o que possibilita auxiliar na triagem dos pacientes e determinar as prioridades de atendimento.
A FUNDAFFEMG adotou a modalidade, disponibilizando uma plataforma de teleconsulta (consulta virtual com o médico). É uma opção a mais para que os beneficiários possam seguir com o acompanhamento rotineiro.
Saiba mais
Há muitas dúvidas sobre as doenças crônicas, a importância do acompanhamento médico e a efetividade da telemedicina. Para falar sobre isso, a FUNDAFFEMG conversou com o Dr. Estevão Valle, da Clínica +60 Saúde.
O que são doenças crônicas e quais as mais comuns? Por que devem ser acompanhadas com regularidade?
São aquelas que têm duração prolongada, em geral um ano ou mais, requerem cuidados frequentes e acompanhamento médico regular e, caso não tratadas ou tratadas de maneira inadequada, levam a prejuízos no bem-estar e na qualidade de vida. As mais frequentes são as cardiovasculares: hipertensão, doenças coronárias (que levam a isquemias e infartos no coração) e cerebrovasculares (consequências de derrames); além de diabetes; cânceres; doenças pulmonares; doenças articulares e doenças renais.
Infelizmente, não há cura para a maioria das doenças crônicas, mas o cuidado regular, atento e o controle de fatores de risco levam à melhora funcional e ao aumento da expectativa e da qualidade de vida.
Com a pandemia, adotou-se a telemedicina. É uma opção realmente efetiva?
A telemedicina não é nova. Há muitos anos utilizamos tecnologias de comunicação para ampliar os cuidados e, com a disseminação da internet e dos smartphones, hoje é possível ampliar a atuação por meio dela, que é importante para contato ágil, identificar problemas precocemente, rever condutas e trocar informações, com comodidade.
Em que situações a telemedicina não é indicada?
Como qualquer intervenção em saúde, a telemedicina tem limitações e possibilidades. É recomendável que a primeira consulta seja presencial e as subsequentes sejam intercaladas, ora a distância e ora presenciais. Ainda há muitas restrições de infraestrutura de internet, o que pode gerar empecilhos na comunicação. Pessoas com limitações de audição ou fala também podem ter mais dificuldades. Importante dizer que essa é mais uma ferramenta para apoiar os cuidados e não substitui, em muitos momentos, o contato face a face.