A infecção por micro-organismos que acomete o trato urinário – formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra – é chamada de infecção urinária. A doença pode ser causada por fungos ou bactérias, mas, na maioria dos casos, a responsável é a Escherichia coli, bactéria presente de forma natural no intestino e importante para a digestão, mas que traz muitos problemas ao aparelho urinário. O problema acomete pessoas de todas as idades, mas segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, ela é mais comum em mulheres, visto que a uretra feminina é mais curta que a do homem, facilitando a passagem de bactérias para a região.
Na terceira idade, esse tipo de infecção se torna mais comum, o que pode trazer riscos à saúde de pessoas com idade mais avançada. “A infecção urinária é uma doença muito comum entre os idosos devido ao acúmulo de fatores de risco por parte dessa população. Dentre eles, podemos citar a imunodeficiência relacionada à idade, alterações funcionais e orgânicas do trato geniturinário, imobilidade, incontinência urinária, uso prolongado de fralda, presença de doenças sistêmicas, pós-menopausa e doenças prostáticas”, avalia a médica generalista do Espaço Sempre Saúde de Juiz de Fora Dra. Nathalia Vieira Caires.
É devido ao fato de pessoas nessa faixa etária terem a imunidade mais baixa que, em alguns casos, a infecção urinária pode se tornar grave. Por isso, é importante ter atenção especial à saúde dos idosos, pois nem sempre eles manifestam os sintomas característicos da doença, como ardência para urinar, aumento da frequência urinária e febre. Há, ainda, situações em que a infecção urinária se manifesta com dores abdominais e lombares, náuseas e vômitos.
“Em idosos, a identificação é feita por meio das queixas relatada pelos pacientes, exame físico, de urina e de imagem para corroborar com o diagnóstico e, assim, definir o tratamento. Além disso, sempre devemos ressaltar que apenas alterações nos exames de urina sem a existência de qualquer sinal ou sintomas de infecção urinária não necessariamente devem ser tratadas, pois existe o risco desnecessário de seleção de bactérias mais resistentes, da interação e reação alérgica aos medicamentos”, ressalta Dra. Nathalia. Para evitar que as infecções de urina se tornem recorrentes, algumas medidas diárias podem ser tomadas. Entre elas, estímulo à hidratação e às micções frequentes, pesquisa e tratamento de fatores contribuintes.
“O melhor remédio para evitar as infeções urinárias frequentes é a busca pela prevenção e tratamento precoce, feitos por meio de consultas médicas de rotina, como pode ser feito nos Espaços Sempre Saúde da FUNDAFFEMG.” Dra. Nathalia Vieira Caires – Médica generalista do Espaço Sempre Saúde de Juiz de Fora